terça-feira, 1 de setembro de 2009

Capitulo 7. O Inicio

As batidas na porta ficaram cada vez mais fortes, e mais daqueles monstros agrupavam-se na frente do ‘refúgio’. Levy, já muito irritado pegou a ‘doze’ e subiu as escadas, da janela de sua casa, um por um ele foi destruindo os monstros, muita munição foi perdida, mas depois de uns dez minutos todas as batidas na porta se transformaram em um silêncio mutuo e sombrio.

Aproximo-me do computador de Levy e então começo a prestar mais atenção no noticiário, um homem vestindo um paletó azul marinho com uma gravata de listras pretas e brancas estava falando sobre o que ele chamava de ‘A invasão’, ele então fala sobre algum repórter que estava no local aonde supostamente aconteceu o primeiro ataque.

A imagem agora mostra um lugar onde estava acontecendo um enterro, uma pequena capela branca, com dois bancos de mármore e teto de madeira, a mesma estava coberta de flores em forma de arco e um caixão estava no centro dela, para ser noticiado pela imprensa esse enterro deve ser de algum famoso, não sei de quem, mas provavelmente é.

Muitas pessoas estavam ao redor do caixão, em destaque uma mulher que usava uma camiseta preta e uma calça colada chorava ao lado do caixão, ela parecia estar em torno dos 30 a 40 anos, seus cabelos negros estavam presos num coque e ela usava um daqueles chapéus engraçados que você só vê em filmes, duas crianças ao lado dela, também choravam, um garoto e uma garota, o garoto parecia ter seus 10 anos de idade, tinha cabelos loiros e pele branca, trajava-se de preto do mesmo modo que a mulher, a outra criança era uma menina que aparentava ter 8 anos, estava inquieta num choro profundo e solitário, tinha cabelos negros e uma pele pálida.

Enquanto várias pessoas aproximavam-se da mulher e lhe abraçavam, uma coisa chamou atenção, o morto se moveu, todos olhavam para o caixão e o repórter aproximava-se do caixão o bastante para notar um homem velho, com cabelos brancos e curtos usando um paletó azul, ele moveu-se mais uma vez, parecia estar tendo espasmos, num momento repentino ele se ergueu do caixão, sua feição era de ódio, ele olhou para a mulher ao seu lado e avançou em cima dela, mordendo-lhe um pedaço do pescoço, a balburdia começou, as pessoas corriam de um lado para o outro enquanto o ‘morto’ avançava em mais alguns homens e mordia-lhes o que estivesse ao seu alcance, o câmera fitou a mulher caída no chão, ela estava sendo tomada por espasmos que quase a faziam saltar do chão, do mesmo modo em que o homem se levantou, ela ergueu-se com o mesmo olhar de ódio e avançou em cima do câmera, que deve ter-lhe acertado com a câmera pois depois disso não se viu mais nada a não ser a câmera no chão e gritos e mais gritos das pessoas, a câmera então apagou-se e após isso a imagem voltou ao homem da reportagem que lamentou o fato e despediu-se.

Após isso, eu sentei-me no sofá e suspirei, então foi isso o que aconteceu, pensei.

- Que porra foi isso? – perguntei a Levy.

- Essa porra começou assim, e acabou se espalhando. – ele respondeu.

- Caralho! Não tem idéia de como isso aconteceu?

- Parece que esse doido tava metido em uma treta do governo, não deu pra saber muito, pois o jornal omitiu os fatos por algum tempo até a merda se espalhar por inteira.

- Esses filhos da puta, sempre pensei no dia em que isso foi acontecer. – eu estava enfurecido, na maioria dos filmes acontecia isso, o cara se metia com porra de armas químicas e fodia todo mundo.

A conversa com Levy foi interrompida por um barulho que me parecia muito um Walkie Tokie, Levy correu em direção a sala e pegou o aparelho preto com apenas um botão e com uma antena.

- Levy na escuta – Ele falou com a boca no Walkie Tokie.

- Como vocês estão, conseguiram os suprimentos e munições? – A voz de uma mulher do outro lado do aparelho soou como música.

- Conseguimos mais do que isso, achamos um sobrevivente, e tu não vai acreditar quem é.

- E quem seria ele? – A mulher do outro lado parecia apreensiva e o tom de voz dela mudou um pouco.

- Rodrigo, Demônio dos Infernos.

- Puta que pariu! – A mulher parecia estar satisfeita com a resposta dele, eu ainda não consegui identificar a sua voz, mas pelo visto ela me conhecia.

- Esse ‘fi de rapariga’ tava escondido lá na Cruz Cabugá, o bagulho lá ta ‘quente’, quase que a gente tomou no cu pra resgatar ele.

- Porra, ainda bem que vocês escaparam dessa. – A mulher continuou a falar, mas o som começou a ficar abafado e sua voz distorcida, não dava para entender muita coisa.

- Essa porra aí ta precisando recarregar, depois a gente se fala, câmbio e desligo – disse Levy a mulher e desligou o comunicador, deixando-o em cima da mesa do computador.

Ele e veio em minha direção e me deu uma tapinha no ombro.

- Era Cagaus, ela ta bem, ta escondida junto com a segunda resistência, achamos melhor não ficar juntos porque senão se um dia esses putos chegarem a entrar aqui, não morremos todos, a gente se fala todo dia e ela traz noticias e nós damos noticias a ela, juntamente com ela estão Vanessa, Marcos ‘Dentinho’ e Biel, ele é o único que sabe dirigir bem deles e por isso ficou por lá.

Aliviei-me em saber que o puto do meu irmão estava vivo, sentado ali no sofá fechei os olhos devagar e vi que Levy descia as escadas, acabei pegando no sono e descansei.

4 comentários:

  1. Dentinho é o caralho! Meu nome é Zé pequeno PORRA!
    asoijsaoisajoisa

    Ta muito massa! Embora o nome do "Walkie Tokie" (deve ser uma nova marca) num esteja certinho! ;*
    Tá fodoso! Continue assim! ^^

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  2. tah muito bom mesmo, mas a historia de dentinho ficou foda mesmo, :p

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  3. Kd a porra do capítulo 8?
    Esse cabaré num tem ordem não é?
    Os episódios num saem em datas periódicas... ¬¬

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