sexta-feira, 18 de março de 2011

Capitulo 26. A Morte Inesperada.

- PORRA FUFINHA – Os gritos de felicidade de Gazela podiam ser ouvidos ecoando pelo local.

- CALMA CARAI, NÃO CHAMA ATENÇÃO! – Tentei falar o mais ‘normal’ possível, sem gritar porque poderia haver monstros por aqui.


- Ta certo, ta certo. – Gazela abaixou o tom de voz e começou a caminhar em direção a nós, seus dois ‘amigos’ estavam vidrados olhando de um lado para o outro tentando nos manter seguros...

Além de Gazela estavam outras duas pessoas ali, eu os conhecia apenas de vista. Eram o pai e o irmão mais novo de Gazela, eles estavam armados com metralhadoras e muita munição pelo que eu pude notar, antes que eu pudesse fazer alguma pergunta Levy se adiantou:

- E como vocês conseguiram essas armas, porra é difícil achar tanta ‘metranca’ assim dando sopa por ai.

- Lá no Morro, depois que a maioria dos traficantes morreu, eu sabia onde encontrar as armas e fui – Quem respondeu foi Gazela, ele parecia bem calmo.

- E essa porra desse Morro, é seguro lá? – Levy ainda fazia as perguntas, ele estava um pouco nervoso e irritado ainda, mas seu tom de voz estava mais tranqüilo do que quando ele iniciou a conversa.

- Seguro, seguro não é não. É seguro como qualquer outro lugar. – Gazela tornou a responder a pergunta de Levy.

- Então a gente vai com vocês, ta difícil a vida por aqui – Dessa vez eu tomei a iniciativa, não podia perder a oportunidade de ficarmos seguros.
- Beleza, vocês podem ir com a gente se quiserem – Satisfeito, Gazela deu um sorriso.

Antes que pudéssemos continuar a conversa, Vanessa deu um berro e apontou para trás de Gazela:

- ZUMBIS!

Rapidamente nos viramos e pudemos ver cerca de 5 zumbis que haviam acabado de nos avistar, com os olhos sedentos por sangue os zumbis correram em nossa direção e Gazela, juntamente com seu pai e o irmão começaram a atirar, loucura fazerem isso no meio da rua pois só atrairia a atenção de mais zumbis. Eu corri já empunhando a minha Glock e gritei:

- PARA PORRA, ISSO SÓ VAI CHAMAR A ATENÇÃO DE MAIS ZUMBIS.

Gazela e os outros dois cessaram os tiros, mas, já era tarde. Num segundo em que eles se viraram para prestar atenção em mim, outros sete zumbis apareceram e de surpresa atacaram o irmão de Gazela que nada pode fazer a não ser mirar em um zumbi e apertar o gatilho da arma, a metralhadora soltou mais alguns tiros até que cessou de vez, o irmão de Gazela jazia inerte no chão, sendo devorado por dois zumbis. Àquela cena fez com que Gazela saísse do sério, ele apontou a metralhadora para os zumbis e começou uma saraivada de tiros nos zumbis enquanto seu pai e Levy cuidavam dos outros, depois da carnificina ter terminado todos permaneceram calados. Eu caminhei em direção à Gazela e com um certo esforço por causa do desnível de altura, coloquei a mão no ombro dele. Pensei em dizer algo de conforto, mas permaneci calado, o pai de Gazela chegou do nosso lado e num tom calmo disse:

- Não é seguro aqui, vamos voltar pra nossa casa.

Gazela não disse nada e de cabeça baixa se virou e começou a andar em direção à saída do Centro da Moda, todos nós o seguíamos. Decidimos que seria melhor se cada um fosse em seu próprio carro e seguiríamos eles de perto, de qualquer forma é mais seguro termos dois carros de fuga, do que um.