quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Capitulo 24. Descanso Momentâneo

No carro, Levy dirigia rápido pela rua, alguns zumbis freqüentemente apareciam e eram atropelados por Levy, estávamos todos ansiosos para sair dali, mas para onde iríamos? Não havia lugar seguro por ali e eu já estava ficando com fome. Levy xingava algumas coisas enquanto dirigia, Marcos estava atônito a toda a situação:

- Primeiro Kerekexe, depois Biel e Almino, quantos mais terão que morrer até essa porra acabar? – A voz dele mal conseguia ser ouvida.
- Tu num ta num jogo de videogame não porra, essa é a NOSSA realidade e tu vai ter que se acostumar com isso caralho! – Levy falou num tom de voz sério para Marcos, enquanto dobrava uma esquina.

Levy seguiu em direção à praça do II, mas só para fazer o retorno, nós então passamos pela antiga resistência a casa de Levy, a porta da lan house que funcionava embaixo da casa de Levy estava completamente destruída e não tinha sinal daqueles desgraçados por ali. Ele seguiu em frente e ninguém olhou pra trás, eu estava ficando relaxado e meus músculos doíam muito, o esforço excessivo fez com que meus músculos doessem cada vez mais.
Levy seguiu em direção a Peixinhos e pegou a avenida destruída, ele fazia o mínimo de barulho possível para não alarmar os zumbis que estavam ali. Ele dirigiu até o inicio do Giradouro e parou em frente ao Centro da Moda.

- É melhor a gente parar e descansar por aqui – Levy falou ainda sério.
- Mas, essa porra ta segura? – Eu falei enquanto analisava o local por inteiro.
- E tu acha que eu ia ‘fuder’ a gente? – Levy retrucou olhando pra mim.
- Beleza, se tu diz que essa porra ta segura, eu confio em tu – Ainda um tanto intrigado com a situação, respondi a ele.
- Eu também – As vozes de Marcos, Cacau e Vanessa foram ouvidas logo após a minha.

Levy desligou o carro e abriu a porta devagar segurando sua ‘doze’, eu estava logo atrás com a minha faca. O portão principal do Centro da Moda estava escancarado e destruído, como tudo dentro dele. Era possível ver alguns zumbis correndo na direção de Levy que sem esforços derrubou-os com coronhadas na cabeça, parece que a adrenalina ainda corre no sangue dele. Levy então começou a andar em direção a entrada e todos nós estávamos atrás dele sempre atentos ao mínimo barulho que se sucedesse perto de nós. A entrada do Centro da Moda estava manchada de sangue, não como os outros lugares, mas pior. Numa marcha forçada todos nós acompanhamos Levy que não mediu esforços pra matar os zumbis que vinham de vez em quando à nossa direção.
A porta principal do lugar estava estilhaçada e alguns corpos completamente devorados eram freqüentemente vistos por nós, lá dentro não estava tão melhor do que lá fora, a freqüência que éramos atacados por zumbis foi aumentando e eu tive de me juntar a Levy para mata-los. Chegamos ao local onde antigamente era usado para tirar a identidade das pessoas, as cadeiras estavam reviradas, o sangue tomava conta do local, as paredes estavam vermelhas e o mau cheiro impregnava as minhas narinas, muitos e muitos corpos estavam jogados no chão, os computadores estavam revirados juntamente com as bancadas. Eu me jogo numa cadeira e tento relaxar um pouco, todos fazem o mesmo menos Levy que fica em pé observando o resto do local.

- Acho que aqui a gente pode descansar um pouco. – Levy falou enquanto sentava-se numa cadeira e deixava sua ‘doze’ em cima das pernas.
- Porra, eu não gosto da idéia de ficar tão longe do carro. – Falei virando-me para Levy.
- A gente não vai morar aqui porra, a gente vai só descansar um pouco. – Levy um pouco irritado olha pra mim.
- Ta beleza, ta beleza. A gente vai ter que fazer uma ronda maior e melhor aqui, afinal de contas, a porra do portão tava ‘fudido’ demais pra gente fechar.

Eu me levantei com a minha faca ainda em mãos e Levy foi logo atrás, não podemos vacilar ou vamos morrer...