quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Capitulo 4. Plano de fuga.

Àquela tarde transcorreu muito bem, não sei há quantos dias eu me alimentei somente de jambo, mas finalmente consegui uma refeição decente, ou quase.

Comi bem, mas não muito, não posso enfrentar esses bichos estando pesado de tanto comer, coloco ainda algumas comidas e bastante água na minha mochila, não pretendo ficar preso aqui o resto da vida.

A noite cai e o sono começa a bater, a falsa sensação de segurança me fez pegar no sono, resisto o máximo que posso, mas acabo sendo derrotado pelo sono e adormeço ali mesmo no chão.

De manhã eu acordo um tanto assustado, esfrego os olhos freneticamente, me levanto e vou olhar o local, me alivia a consciência saber que a porta de entrada que dá acesso à Biblioteca ainda está fechada, após a vigília subo novamente as escadas e vou pegar algo para comer.

Depois de alimentado eu me recordo que aqui havia computadores, corro em direção a sala que dava acesso a esses computadores, empunho mais uma vez a faca e abro a porta devagar, “Como está devastado esse lugar” penso, o local está tão destruído como qualquer outro local do Centro. A sala de computação é espaçosa, paredes brancas, e grandes janelas com cortinas verdes davam ao local uma aparência amigável, pelo menos davam. O lugar está completamente diferente da ultima vez que vim aqui, há computadores jogados no chão, bagunça de papéis, mesas viradas e sangue pelo local, alguns computadores permaneceram ainda nos seus lugares, aproximo-me devagar de um dos computadores e tento ligar um deles, a minha sorte é que o gerador de energia ainda funciona e com isso o computador liga, com os olhos cheios de esperança começo a olha-lo funcionar, mas toda a minha felicidade se esvai quando percebo que está sem internet, o maldito meio de comunicação mais usado hoje em dia.

Saio enfurecido da sala e caminho até a minha bolsa, colocando-a nas costas, estou disposto a sair daqui nesse exato momento, então começo a planejar um meio de fuga para que esses monstros não me peguem, meus pensamentos voam longe novamente. Lembro-me bem de quando vinha na Biblioteca apenas para beber água ou trocar de roupa no banheiro era sempre uma bagunça, meus amigos será que estão vivos? Não tenho tempo para pensar nisso.

Levanto e olho para o teto, que idéia genial, eu posso fugir pelo telhado. Começo a trabalhar numa maneira de chegar ao telhado e sair vivo de lá, sei que ao lado existe um colégio, mas me recordo que à distância entre os muros é grande mas eu tenho que tentar, procuro ali por cima algum lugar que de acesso ao telhado da Biblioteca, deve existir algum.

Caminhando eu vejo uma sala com uma placa “Apenas Funcionários”, caminho em direção a porta e abro-a lentamente, não é surpresa quando eu vejo uma escadinha de ferro que dá acesso até o telhado do local.

Finalmente, sairei daqui.

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