segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cap 3. Matar para viver.

O senhor rasteja em minha direção, percebo que ele não tem uma das pernas, nem por isso devo subestima-lo.

Seguro firmemente a faca em minha mão quando ele avança em mim, giro a faca desengonçadamente no pescoço do monstro, a faca corta a pele necrosada do senhor, antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele avança com uma bocada no meu ombro, consigo empurra-lo e tento puxar a faca que por maldição do destino ficou presa no pescoço dele.

Mais uma investida dele e sinto seu hálito fétido na minha cara, apoio meu pé no que era pra ser o estômago dele e tento mais uma vez puxar a faca.

Desequilibrado vou caindo para trás, mas consigo me segurar numa parede, ele vem pra cima de mim mais uma vez, dessa vez giro mais precisamente a faca, que decepa a cabeça do monstro que cai no chão imóvel. Corro pra cima dele e começo a esfaqueá-lo, quero ter certeza que ele não vai se levantar de novo.

Após alguns segundos percebo que ele não se move mais e eu estou coberto de sangue, saio de cima do morto e respiro fundo.

Estou cansado, me jogo em uma das cadeiras e tento relaxar.

- Acabei de matar um homem, matar para sobreviver...

Jogado na cadeira ouço um barulho, a mulher está aos prantos ainda viva no chão, me ergo com a faca em punho e me agacho até ela, as palavras vão ficando mais nítidas, percebo que não há perigo, guardo a faca no bolso e a ajudo a levantar, ela se movimenta com dificuldade e aos poucos consigo coloca-la numa cadeira, saio do auditório e vou até o bebedouro, pego um pouco de água para ela e entrego-lhe.

Aos poucos ela vai se acalmando, para de tremer e consegue falar normalmente, ela vira-se pra mim e diz:

- Muito obrigada por me salvar, achei que morreria ali.

- Não se preocupe - respondi friamente pra ela, nunca fui de conversar muito, principalmente numa situação dessas...

- Qual o seu nome? - ela insistia em continuar a conversa.

- Rodrigo...

- Meu nome é Anne...

Levanto-me rapidamente, estava cansado e tudo o que eu queria era comer alguma coisa, não queria ficar papeando com alguém, apesar de que em dias, quem sabe semanas, ela foi a única pessoa que não estava interessada em minha carne que eu conheci...

- Calma, calma guri - Anne tentava se levantar, apoiada nas cadeiras, ela sorri...

- Você parece estar com fome, eu conheço esse lugar por inteiro, estoquei comida aqui, se você esperar posso te levar lá...

Estendi a mão para ela que se apoiou no meu ombro, seguimos do auditório até a entrada da biblioteca e subimos as escadas para o acesso a ala superior, lá ela me guiou até uma sala, abriu a porta e ligou a luz. O local era pouco iluminado, a luz estava ficando escassa, fiquei curioso em ver que ela realmente havia estocado vários enlatados ali, carnes enlatadas, salsichas, chocolates e muita água...

Estava atrás dela, respirei fundo, enfiei a mão no bolso da calça e retirei a minha faca, caminhei até ela e com todas as minhas forças enfiei a faca nas costas dela, descendo a faca até o final de sua coluna, ela caiu para trás e me olhou fraca, caída no chão ela murmurou:

- Por. Porque?

Friamente meus olhos percorrem os olhos da garota...

- Não há escapatória, uma vez deadtite, sempre deadtite!*

Ela foi fechando os olhos lentamente até que parou de respirar, eu ainda com a faca em punho degolei a cabeça dela e fui arrastando-a para fora da sala...

Agora sou eu, e somente eu...

* Rodrigo usa a fala de Ash no HQ Marvel Zombies vs Army Of Darkness

3 comentários:

  1. KD O CAPITULO 4 CARALHO????!!!!

    `.´

    ResponderExcluir
  2. karai bem q agalera tava afalando muito bom isso rapa............
    tenho q te falar umas paradas........

    ResponderExcluir
  3. kra os zumbis ou seja lah o que forem corem ou naum?????Oo

    ResponderExcluir