quarta-feira, 15 de julho de 2009

Capitulo 1. Há quanto tempo

Mais um dia eu acordo, mais uma noite mal dormida em cima de uma árvore no 13 de Maio.

Dou graças a Deus por estar em tempo de jambo, pelo menos tenho algo para comer, retiro de um galho um cacho de jambos, ponho na boca e não sinto gosto algum, nada tem gosto ultimamente, aprendi a comer qualquer coisa sem pensar no gosto, afinal de contas não posso ficar acostumado a luxo aqui, lutando pela vida.

Retiro das minhas costas uma bolsa da Myllys que tanto sofri para comprar, apenas pela marca, nunca achei ela tão bonita quanto diziam, mas o que importa hoje em dia? Quem é que vai olhar para a minha bolsa? O que se move na terra hoje, está de olho em mim, e não nas minhas coisas, abro a bolsa e retiro minha garrafa de água, bebo um pouco pois a água está escassa.

Estou a alguns metros da Biblioteca Pública, mas será seguro lá? Tudo o que sei é que lugar nenhum é seguro, desde que aquelas coisas surgiram, sempre fui fã de filmes de mortos-vivos, era tão engraçado ver as pessoas correndo por suas vidas, tentando escapar daqueles seres putrefados correndo e clamando por cérebros, miolos e carne humana. Mas hoje vejo que não é tão engraçado ter um bando desses bastardos correndo atras da MINHA carne, do MEU cérebro e dos MEUS miolos...

Calma. Prendo a respiração por alguns segundos, esse grunhido, eu já ouvi ele, e não é coisa boa, pode apostar...

Olho para baixo e vejo-o passar, malditos sejam esses monstros saem do quinto dos infernos? Há uma plantação deles por aqui? Caramba, não posso perder tempo.

Subo lentamente em direção ao topo da árvore, com calma consigo me livrar do olhar dele...

Ufaa! Consegui, daqui de cima eu consigo ver o 13 de maio quase todo, vejo a Cruz Cabugá que mais parece um campo de guerra, completamente destruida, carros virados, corpos no chão, alguma daquelas coisas caminham pra lá e pra cá, um caos total.

A quanto tempo, eu não vejo o sol brilhar dessa maneira, relembro os bons tempos de 13 de maio, quando eu me reunia com meus amigos para jogar RPG e bebericar qualquer coisa alcoolica.

Meus Cabelos balançam com o vento, "estou precisando cortá-los", eu rio... "Até parece que alguém aqui vai querer parar e cortar meus cabelos".

Me perco em pensamentos vagos por alguns minutos, mas um barulho me faz voltar a realidade, escuto o galho em que estou sentado trincar, rapidamente eu desço para o galho de baixo com cuidado para não provocar algum barulho além do necessário.

Quando eu me sento, respiro fundo e olho para cima, parece tudo tranquilo, mas nem tudo o que parece é. Quando eu tento relaxar um pouco, o galho parte-se em dois e uma parte dele cai no chão, fazendo um barulho abafado pela quantidade de folhas secas que haviam no chão...

"Nada aconteceu, nada aconteceu, nada aconteceu", repito várias vezes para mim mesmo.

Mas, o que eu mais temia aconteceu, o barulho atraiu aquela coisa, ao longe eu a escuto grunhindo, se ela pudesse falar, estaria dizendo, "ALMOÇO"...

Eu queria que ela grunhisse mais baixo, assim não atrairia mais nenhum de seus 'amiguinhos'.

Ela finalmente chega, e olha diretamente pra mim, aquele olhar me assusta, completamente sem vida, o rosto dela completamente desfigurado, não posso afirmar se era uma pessoa bonita, e se era, iria preferir a morte ao ficar daquela maneira.

Pouco importa isso agora, ela solta um grunhido e abre a boca, seus dentes podres ficam expostos e ela começa a babar.

E agora, como eu vou sair daqui? Eu tenho que agir rápido antes que ela atraia mais e mais daqueles monstros para cá.

Olho em volta, não há nada que possa me salvar... Espera ai... Consigo ver uma árvore a mais ou menos 3 metros de mim, posso pular para ela, e de lá pular para o chão e correr em direção à Biblioteca, lá eu posso estar a salvo por alguns instantes, eu me lembro vagamente que lá havia um bebedouro, posso conseguir água também...

Tomo um impulso e pulo para a árvore, me agarrando em um galho com toda a minha força, sinto os dedos da criatura tocando devagar as minhas costas, impulsiono meu corpo para frente e ouço um baque, quando eu consigo me sentar na árvore, percebo que minha garrafa de água caiu no chão, uma garrafa perdida, que droga!

Olho para frente e consigo ver o portão de saída do 13 de Maio, tenho que agir antes que outros apareçam, posso correr, até consigo chegar a Biblioteca, eu tenho que arriscar...

Não posso morrer aqui...

7 comentários:

  1. *Aguardando cenas do proximo capitulo* Tá bom esse negocio.. quase me dá medo de passar pelo 13 de maio XD

    xP

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  2. EURIALTO ahsuhaushaushas

    muito criativo, embora haja alguns errinhos ortograficos a história é legal...

    CONTINUORINDO...

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  3. ficou legal gostei vou acompanhar
    xD!!!!

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  4. massa gostei fufa muito bom (relembro os bons tempos de 13 de maio, quando eu me reunia com meus amigos para jogar RPG e bebericar qualquer coisa alcoolica.)rsrsrsrs essa parte foi d+

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  5. MANOLO, nunca mais vou passar pelo 13 de maio sem lembrar da sua história. HUSAHUSAUHSAUHSAUHSA. Vou acompanhar já. ;)

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