quarta-feira, 14 de julho de 2010

Capitulo 23. Morte e Sangue

Empunhando a faca, fiquei apenas observando silenciosamente o que se passava, Levy estava dando ultimas instruções a Biel. Marcos e Almino estavam um tanto receosos e eu os entendo, enfrentar uma manada não vai ser nada fácil.
Levy então fez um gesto para que eu abrisse a porta, ele não parecia nervoso nem nada, estava com um olhar frio e parecia inabalável. Enquanto caminhava em direção à porta era possível ouvir os gemidos dos monstros que logo iríamos enfrentar, não sei quantos estão lá fora e nem sei se realmente quero descobrir, mas esses filhos da puta já desgraçaram a minha vida demais e agora eu vou ‘fuder’ com eles.
Devagar eu encosto a minha mão na maçaneta e abro a porta, quando os primeiros zumbis começam a aparecer todos nós vamos pra cima deles.

- Golpeiem esses putos na cabeça – Gritou Levy enquanto acertava alguns zumbis.

Eu estava próximo a porta e golpeava os zumbis que cada vez entravam mais rápidos. Cinco, Dez, Quinze, Vinte. Logo a entrada da Artol estava tomada por zumbis caídos e muitos outros entravam pela porta.
O êxtase da batalha não nos fazia parar, a adrenalina pulsava por cada veia do meu corpo enquanto eu cortava mais e mais os zumbis que vinham em minha direção e quanto mais eu os golpeava, mais apareciam.

- Essa porra NUNCA vai acabar? – Exclamei ao ver a quantidade de zumbis caídos e a horda que ainda entrava pela porta...

- Cala a boca e mata porra – A voz de Levy pode ser ouvida a alguns metros pelo grito que ele deu.

Meus braços começavam a pesar, meu corpo estava ficando ‘travado’ mas eu não posso parar.

- CACETE... – Ouviu-se a voz de alguém, que não consegui assimilar por causa da batalha.

Eu decidi então ir ver o que estava acontecendo, abrindo caminho entre os corpos de zumbis e outros zumbis que ainda estavam em pé, consegui chegar próximo ao ‘foco’ do grito.
Almino estava encostado numa parede e cercado de zumbis, ele segurava alguma coisa que eu não consegui ver direito, então ele gritou novamente:

- Vão embora, vão embora, eu vou ferrar esses miseráveis. – Pela voz dele era perceptível que ele estava muito machucado.

- Que porra é essa que tu ta segurando?! – Exclamei

- É uma granada, tu acha difícil comprar essas porras pelo Ebay? Vou explodir essa ‘bagaça’ agora e ferrar a maior quantidade de zumbis que eu puder – Almino ainda teve condições de rir da situação.

- Levy ‘vamo’ sair daqui, não dá pra gente continuar – Exclamei enquanto corria em direção ao carro onde Biel se encontrava.

- Ta certo, porra pessoal ‘vamo’ nessa, o que aconteceu? – Levy exclamou um pouco longe.

Quando cheguei próximo ao carro, vi Biel encostado no capô, sangrando e quase desmaiado. Não tive tempo de reagir quando Levy apareceu e deu uma paulada na cabeça de Biel que o fez desmaiar.

- Tá todo mundo aqui cacete? – Levy impaciente entrou no carro e o ligou.

- Tô logo atrás de tu, porra – Eu falei entrando também no carro.

Fui seguido por Vanessa, Marcos e Cacau que entraram no carro logo em seguida. Levy deu partida no carro e saiu pela esquerda da Artol. Logo atrás de nós foi possível ouvir o barulho de uma explosão e o fogo tomou conta da entrada da Artol. Almino havia explodido sua granada, ele morreu, mas nos salvou.

- Pra onde a gente vai agora cacete? – Falei olhando para Levy.

- Sei lá caralho, cala a boca e me deixa dirigir. – Ele estava muito irritado e seguiu caminho em direção a praça de Jardim Brasil II.

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