terça-feira, 25 de maio de 2010

Capitulo 22. Manada

A noite correu tranqüilamente e o sol mais uma vez veio ao céu, alguns já haviam se levantado outros permaneciam dormindo. Eu estava acordado era a minha vez de fazer ‘tomar conta’ dos zumbis. As palavras de Cacau ainda soavam na minha cabeça, não estava com sono, nem cansado. Permanecia acordado com a arma em punho, passei um bom tempo pensando em como Kerekexe havia morrido, como eu o havia matado e decidi que levaria as coisas mais a sério agora afinal de contas, quando se está sozinho viver ou morrer não é tão importante qualquer deslize você morre, só você. Mas quando se está sobrevivendo em conjunto, um deslize e você mata todo mundo, não sei há quantas horas estou acordado, mas não me interessa, não vou matar mais ninguém aqui.
Depois de um tempo, Vanessa sai da Artol e caminha em minha direção com alguns pães:

- Bitcho, ta ai teu café da manhã. – Sorridente como sempre ela falava.
- Valeu, Vanessa. Mas não estou com fome. – Com um olhar atento aos zumbis que batiam na porta de vez em quando eu respondo a ela.

- Tu tem que comer porra, saco vazio não para em pé. – Ela estava bem séria dessa vez, resolvi não contraria-la.

Peguei um pão e mordi um pedaço bem pequeno, mas ela me forçou a comer o pão inteiro.
Estávamos conversando besteiras de antigamente, quando um zumbi bem gordo esbarra no portão:

- Porra, que merda é essa? – Exclamei com a mão na boca

O zumbi estava sem metade da barriga e com apenas um braço, ele começou a bater na porta freneticamente então eu atirei nele e finalmente ele se calou tombando no chão.
Já estava próximo a hora do almoço, quando Cacau nos chamou para comer. Ela já não me olhava com aquele olhar tão severo, mas ainda me encarava com a cara fechada.
Todos nos sentamos no chão e começamos a comer:

- Como ta a tua horta Marcos, gostando de brincar de ‘Colheita Feliz’? – Levy fala brincando.

- Essa porra é foda, to aqui cheio de calos por causa disso. – Marcos respondia soltando um sorriso amarelo para Levy.

Eu havia terminado de comer mais rápido que os outros, eu só havia engolido a comida, me levantei e voltei para o meu ‘posto’.
Subi as escadas rapidamente e me sentei no muro, observando a paisagem devastada, tudo estava morto.
O susto foi grande, quando eu vi uma gigantesca quantidade de zumbis correndo em nossa direção. Virei-me rápido e gritei:

- Porra, zumbis a vista, são muitos.

Todo mundo se levantou e empunhou um tipo de arma. Eu e minha Glock, Levy e sua ‘Doze’, Marcos pegou uma enxada, Cacau, Vanessa e Almino pegaram facas. Biel ficou com a chave do carro na mão, qualquer coisa a gente ia ‘picar a mula’, rapidinho.
Levy subiu as escadas e olhou pra quantidade absurda de zumbis que estava vindo em nossa direção, ele virou pra Cacau e disse:

- É uma ‘manada’ e das grandes, se preparem porque o pau vai cantar.

Ele então desceu e nós ficamos esperando os zumbis aparecerem, quando já estavam na minha mira eu comecei a atirar.
Levy então dá um grito:

- Isso é uma ‘manada’ porra, é uma quantidade absurda de zumbis que se juntam e correm em direção a qualquer barulho, quanto mais tu atirar, mais deles vão aparecer. – Ele estava um tanto irritado, mas dava para ver em seus olhos que ele tinha sede de sangue.
- Então fudeu, ‘vamô’ partir pro mano a mano com esses zumbis? – Um tanto assustado eu estava, nunca havia visto essa quantidade de zumbis.
- Aquele tiro que tu deu mais cedo, deve ter chamado a atenção deles, agora eles vieram para um ‘lanchinho’.


Então eu coloquei a Glock no bolso e retirei da calça a minha velha faca.
Mais uma vez eu fodi tudo mundo.

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