sexta-feira, 9 de abril de 2010

Capitulo 20. Salvos, por enquanto.

O silêncio que se abateu por nós foi quebrando gradualmente enquanto outras pessoas da resistência iam chegando, eram elas Cacau(a irmã de Kerekexe), uma garota alta e ‘fortinha’, com um piercing na sobrancelha e o cabelo bem curto, é a primeira a aparecer. Ela abre um sorriso assim que vê Levy e corre pra abraça-lo, um rapaz magro e alto chega logo em seguida, demoro um tempo para perceber que aquele cara é meu irmão, ele está diferente, com o cabelo cortado, se minha avó o visse agora diria “Esse ai ta parecendo gente agora”, apesar de mais magro do que o normal, ele vem em minha direção e me dá um ‘cascudinho’, eu só riu e dou um ‘chutinho’ nas pernas dele. Lá de dentro ou ouço um ‘grito’ de uma pessoa. “Haha, eu reconheço esse escândalo todo de longe” – Eu voava nos pensamentos imaginando minha avó falando aquilo. E como eu disse, uma garota sai de dentro das portas da Artol e corre em minha direção ‘se jogando’ em cima de mim e diz:

- Porra bitcho, tu ta vivo porrinha... – Dizia ela sorrindo e me dando um beijo na bochecha.
- E tu acha que eu vou morrer assim tão fácil Vanessa? – Rindo eu a abraço e dou um beijinho na testa dela.

Vanessa era uma grande amiga minha nos tempos de vadiagem no 13 de Maio, uma garota da minha altura, com cabelos curtos e pretos, magra até demais.

- Então, são só vocês? – Eu olho ao redor enquanto aceno para Cacau.
- Não mane, o Almino ta lá dentro lendo algumas revistas de computadores, ele ainda quer ser um ‘TECNONERD’, mesmo com essa coisa espalhada por aqui. – Marcos falava enquanto todo mundo caminhava pra dentro da Artol.

Levy, Cacau e Biel conversavam sobre algum assunto que eu não conseguia entender, na verdade eu nem queria entender... “Porra, meu irmão ta vivo, nunca pensei em agradecer um negocio desses, mas nas atuais condições, quanto mais gente viva, melhor” – Eu pensava comigo mesmo.
O sol já queimava minha cabeça, acho que é hora do almoço.

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